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NOTAS SOBRE O LATIM NO BRASIL

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Anchieta escrevendo seu poema na areia

Benedito Calixto de Jesus (1853-1927)

Como a língua que estudamos, o latim, vem de uma tradição educacional secular, obviamente diversos são os domínios nos quais ela foi e é empregada, inclusive no Brasil. Então, leia aqui notas sobre história social do latim no Brasil, em que se enfatizam os diferentes domínios em que o latim se manteve empregado entre nós.

Por meio de certos discursos, práticas e representações sobre o latim podemos compreender sua importância e seu desenrolar histórico enquanto disciplina de estudo.

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Anchieta: um poema em latim na areia

 

 

Conheça trecho do poema De beata virgine, que o jesuíta teria escrito na areia. No trecho selecionado, Anchieta canta a compaixão da virgem Maria na morte do filho.

Vieira: leitor dos clássicos

 

Na seção, apresentam-se algumas passagens dos Sermões de Vieira, em que se destaca o diálogo com obras e autores latinos. O pensamento antigo é, então, retomado de forma a firmar o acento argumentativo. 

Portugueses e holandeses no Brasil: um acordo em latim

Dificilmente localizamos fontes que nos permitam intuir sobre usos sociais do latim no Brasil como língua franca. Nesta seção, apresentamos uma ocorrência em que o uso do latim se fez necessário como língua de interação num acordo firmado entre holandeses e portugueses.

Gregório de Mattos: latim para satirizar

Certamente, o uso do latim no Brasil se deu por diversos motivos, seja para ornamentar o discurso, seja para aprofundar a discussão de um tema com a citação de sua base clássica. Um dos usos, contudo, se destaca na figura de Gregório de Mattos: o de satirizar os ditos letrados da terra ou os recém chegados de Portugal em sua época.

Correspondências brasileiras em latim: o caso do Padre Cícero

Tendo recebido formação eclesiástica, o Padre Cícero conhecia o latim e necessitou fazer uso da língua ao contactar o Vaticano por conta da repercussão de seus milagres.

Arquivo revela que Zumbi sabia latim

 

Trata-se de um texto de Aureliano Biancarelli para a revista Folha Online, no período de comemorações aos 500 anos do Brasil. Por meio dos documentos analisados, ficamos a saber que ainda menino Zumbi já conhecia bem o latim.

O mundo antigo e a vaidade dos homens

 

Na obra de Matias Aires Ramos da Silva de Eça (1752, reeditada em 1778), intitulada A vaidade dos homens ou Discursos morais sobre os efeitos da vaidade, é questionado o uso do latim esvaziado de sentido, como forma de ornamento para impressionar.

Metamorfoses: um livro proibido, um caso de inquisição

 

Nesta seção, apresentamos um trecho da confissão de Nuno Fernandes nos autos da Primeira Visitação do Santo Ofício: Confissões da Bahia, que teria em sua casa as Metamorfoses de Ovídio, uma obra proibida, listada no Index Librorum Prohibitorum (1597).

Machado de Assis: representações sobre saber latim no Brasil

 

Neste texto de Sílvio Bernal, observa-se o texto literário como possibilidade de fonte para representações sobre o latim. O texto se debruça sobre obras machadianas para flagrar usos do latim no Brasil do século XIX e as críticas do autor à superficialidade com que se podia utilizar a língua.

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades": leituras de um periódico do século XIX, para uma história social do latim no Brasil

 

Neste texto de Camila Ferreiro, analisam-se os usos do latim no periódico carioca A Semana, lançado em 1885, destacando-se possíveis ênfases em um dos domínios: acadêmico, pragmático e eclesiástico (BURKE, 1999).

Mulher que sabe latim: representações; Rosa, Rosa, Rosae: representações sobre o professor de latim

 

Nesta seção, analisam-se representações sobre a Mulher que sabe latim, através do conto de Mário Neme. Apresenta-se, também, trecho do conto de Roberto Drummond, intitulado Rosa, Rosa, Rosae, em que o uso do latim ocorre com efeitos cômicos, dado o seu esvaziamento de sentido na aprendizagem tradicional escolar.

 

Poemas latinos de Manuel Botelho de Oliveira

Nesta seção, apresentamos poemas da  mais célebre obra de Manuel Botelho de Oliveira, Música do Parnaso (1705), uma publicação que reune poemas em português, castelhano, italiano e latim. Da edição, selecionamos dois epigramas e uma elegia.

Epigramas do Corpus Poetarum Latinorum Brasiliensium

José Accioli, S.J. e João Maria Fillipo, escolásticos da Companhia de Jesus, escreveram os epigramas que vamos ler nesta seção. Poetas novi-latinos, escreveram os epigramas em 26 de abril de 1898, por ocasião da Votorum Instauratio (renovação de votos), que os padres jesuítas proferem duas vezes ao ano durante quatro anos.

Carmina Drummondiana

Fruto de tese de concurso de Livre-Docência e parte da tese, inteiramente redigida em latim, de Silva Bélkior, a publicação

dos Carmina drummondiana comemorou os 80 anos do poeta Carlos Drummond de Andrade.

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